quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Antítese

Ainda não sei dizer quando falas a sério. Gostava de poder dizer que isso não me agrada. E que não fico completamente suspensa da gravidade, numa dança de dissabores e enigmas, quando te aproximas de mim. 
Quem sabe? Talvez se a tua alma estivesse nua e se tudo o que alguma vez houve entre nós não passasse de um jogo de sedução e palavras, eu gostasse menos.
Não posso queixar-me. Costumo ter-te por breves instantes, numa atenção que te denuncia. Sei que nesses momentos sou tua e te tenho, ainda que eu não seja de ninguém e jamais algum dia te tive pois tu, em tempo algum, cobiçaste a mutualidade de um só desejo.
Há uma segurança em ti... Uma confiança que me tira a respiração. Uma dedicação no modo como me captas e me repeles em simultâneo, como me interpelas enquanto foges. É uma arte. 
És um artista. E costumas dar-me aquela vontade de te querer dar um tiro para logo de seguida saltar na frente para te salvar...É o que se diz.
Eu sei que não preciso de ti mas quando te tenho não te quero deixar. Sou obrigada a ficar contigo para não sofrer e a sofrer para não ficar contigo. Dás-me tudo, no entanto não me dás nada. E tudo que me dás, me tiras. Como as borboletas que me tiram o sono. 
Somos uma antítese, tudo isto é uma antítese, uma contrariedade que faz sentido. 
Vou parar de tentar decifrar-te. Vou largar o jogo e, quiçá, dar um passeio à beira mar. Não te convido porque contigo é sempre diferente, porventura sou eu que não suscito o suficiente interesse ou tu que não aprecias passeios à beira mar.
Talvez esta conexão agri-doce nunca tenha existido senão na minha cabeça e nunca vá parar à praia ou ao quarto, depois de um jantar no terraço, ou a um abraço sincero. Quiçá nunca passe de desta folia de olhares vazios e desejos queimados na indiferença, pelo orgulho. 
A gente só se quer quando não se tem e jamais iremos perder para a vontade. Ou conseguimos e deixamos de querer conseguir, ou persistimos quando não mais nos pertence a persistência. Em suma, enquanto for divertido, pela graça nos diz respeito.
Por isso, meu eleito, meu amor: eu quero-te; mas só as vezes. Eu persisto; mas só quando te escondes. O resto das vezes apraz-me, apenas, ver-te tentar. Passamos o tempo a lutar para não ficar juntos, porventura destinados a ficar.

Com amor... Por enquanto.

Rita

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A eles, um talvez...

Talvez. Talvez fosse o jeito dela, demasiado decidida a fazê-lo feliz. Ou o fogo dela, cuja chama ele não soubesse apagar, embora todo ele fosse água fria.
Eu acho que ele nunca soube... Ela disse, mas ele nunca entendeu a loucura, a tamanha loucura, que ardia dentro dela quando o via. Quiçá imaginasse mas não soubesse que ela não falava da boca para fora quando dizia que faria tudo por ele... Ela faria mesmo tudo por ele. Provavelmente, se solicitado, teria trocado a sua alma nos confins do inferno para assegurar que, mesmo sendo um corpo vazio, o partilharia com ele.
Desta vez não foi o "querê-lo porque ele não se quis dar", não foi o que chamam de "fruto proibido". Foi a luta interminável, incansável e intermitente contra a velocidade com que o seu sangue fluía, com que as suas pupilas dilatavam e com que a sua voz subia três décimas acima da sua rouquidão. Não foi o desejo. Foi ter perdido tempo a contar as cento e noventa e sete razões para desistir dele e acordar, todos os dias, a tentar concentrar-se em mais que as três ou quatro, que contou pelos dedos, para lutar.
Mas quem seria ela para julgá-lo? Seria hipocrisia da sua parte pesá-lo em prós e contras, quando sabia que, a lógica tem influência nula no amor. Quando sabia que o seu coração fica cheio sempre que ele aparece no radar. Quando não existem razões, nem sequer contexto, nem lugar para pensar nelas. Mas há tanto lugar para o que sobra.
Apesar de haver espaço físico de sobra entre eles, nunca haverá escassez espaço temporal, de chances de tomar o mundo como deles, de namorar o olhar um do outro mais de duzentas vezes por dia, de a deixar admirar a suprema arrogância dele, dois minutos e meio depois da sua efémera submissão.
Pergunta-se tantas vezes se partilham o mesmo tipo de demência, pois nada mais justificaria conseguirem, num pequeno segundo, odiar-se tantas vezes quanto se desejam.
Por mais que ela repita a si mesma que merece melhor e que, no próximo momento que tiver a atenção dele, o privará do seu sorriso, ela sabe que sucumbirá. O rosto fraqueja e as emoções fervilham, todo o seu corpo conspira a favor desta tentação, num culminar de erros tão bem disfarçados de escolhas certas, que a consciência lava muito antes de ela poder aproveitar.
Será que existe um ponto de quebra neste ciclo? Será que em algum momento um deles será capaz de parar, cada com o seu erro?
Se existem, de facto, almas gémeas, será que ela se enganou? Será que ele não quer aceitar que negue o que negar, ela nunca deixará de ser "ela", apesar de todos os defeitos com que ele a rotulou?
Será?
Talvez.

A eles,
Ritawilliams.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Um nada é insuficiente... Mas eu aceito.

Pois.
E é de um "pois" cínico que se trata, como se apenas o som da palavra fosse suficiente para te chamar à atenção para as minhas intenções. Um código, quiçá uma espécie de reflexo de Pavlov.
Isto porque tudo é falso, uma mera e temporária dedicação que serve apenas para obter o que queremos e em seguida fingir que nem nos conhecemos, nem partilhámos nada íntimo múltiplas vezes. Passamos o Tempo a passar do tempo para a falta de tempo. Dos olhos nos olhos para os olhos no chão. Não me posso queixar, eu aceitei os termos quando tudo começou, nunca trocámos grandes conversas sobre política e literatura ou a origem do Universo. Falamos mais de enigmas e charadas, um jogo onde quem ceder primeiro perde. Um jogo onde fazemos batota constantemente mas nunca queremos ganhar, sempre queremos mais um pedaço desta atração, provar mais uma vez.
Mas idiota fui eu quando julguei que isso ia dar certo, que passaríamos de nada para alguma coisa se com o tempo sentisses falta do meu cheiro ou do meu olhar. Não te viciaste.
Mas eu viciei.
Como se alguma vez eu acreditasse que isso não aconteceria.
Como se alguma vez eu acreditasse que seria capaz de mudar a tua perspectiva.
Como se alguma vez eu não fosse eu e tu não fosses tu. E não me levasse isso à loucura, à tentação, ao desejo...
Quero-te porque não te dás a querer! E eu sei que tu sabes que te quero mas sei que não sabes o quanto, pois se soubesses talvez me quisesses mais e eu não te quisesse tanto.
Um pouco só chega.
Um nada é insuficiente.
Mas se é tudo o que consegues dar eu aceito.

Com amor,
Rita Williams

domingo, 17 de abril de 2016

Quando insultas a minha inteligência

Não podes... Não deves. Mas também não queres saber.
Como te atreves tu a passar por cima de mim como se eu não passasse de um mero insecto?
Como ousas tu julgar-te insubstituível e intocável ao ponto de me traires as palavras e me roubares a voz? Muito provávelmente vendeste a tua alma antes para o poderes fazer, pois só um corpo vazio e neutro se acha o suficiente para deduzir a insuficiência de alguém.
Demorou mas eu cheguei lá, das outras vezes disse-te Adeus como se tivesse a certeza que valia a pena o esforço de calar. Eu? Jamais ando se puder correr e jamais ficarei calada se puder falar.
Desta vez digo-te Adeus porque me sinto insultada e isso, meu caro, nem as mais belas palavras do mundo, os sonetos mais bem conseguidos e as melodias mais bonitas alguma vez feitas, me iludirão e desviarão das minhas determinadas, embora tardias, decisões.
É este o lado bom de ser alguém com "mau feitio" e "ideias fixas", como dizem.
Embora enquanto sonhadora me tenha embalado nas palavras decentes e nas harmonias das coincidências e do destino, Lucifer também era o anjo da música e agora diz-se poder usá-la para dissuadir o bem alheio. Talvez me tenhas tentado conquistar com melodias doces, mas alguém me ensinou que existe um conflito maior acima de tudo e não sabendo de que lado estás, preferi não arriscar.
Não voltes, não valerá a pena,
Então Adeus.

Com amor,

RitaWilliams

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Sim, eu podia.

Após tanto tempo, voltou a acontecer. A vontade de percorrer esta distância entre mim e o meu coração. Voltei atrás a ideais que eu julgava estarem selados no meu interior.
Acho que o teu calor derreteu o meu cubo de gelo, esta minha pedra paleolítica que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda, que ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio e que, supostamente, funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias.
Vês como sou objetiva e racional? Como vejo a ciência e o preto no branco? Entende então como foi, para mim, chocante quando passei, não só a ligar o coração, orgão vital do nosso organismo, ao "amor", mas também a achar que tinha um.
Sempre acreditei no amor, por muito irónico que seja, apenas nunca o imaginei para mim. Acreditava que ele existia e que existem almas gémeas e que aquilo que senti quando te vi, acontece poucas vezes no Universo. E agora tive um pedaço disso na mão, por pouco tempo, tempo o suficiente para me desconcertar, desalinhar e questionar, mas não o suficiente para fechar a mão, para te segurar.
Tive o suficiente para acreditar que tudo pode mudar no momento, antes de tu me pedires para eu acreditar que há destino. E agora?
Agora pedes-me o impossível, pedes-me para ficar enquanto te vais embora e para esperar enquanto me dizes que não voltas.
Sei que existem entraves, mas nunca qualquer entrave seria o suficiente para travar o amor, e eu sei que não era amor, porque não me deste tempo de te o oferecer. Tinha-o guardado, embrulhado, com um laço gigante à espera da hora certa. Mas tudo ficou incerto, sem hora, sem momento. Sem um "até já".
Pediste-me para me ficar pelo simples, normal e educado "Olá", pela espera indecisa e pela ânsia platônica do "quem sabe", do "se" e da "compreensão".
E eu larguei tudo, estava disposta a largar ainda mais, mover montanhas e nadar oceanos para te fazer ver que o que andas à procura esteve aqui o tempo todo. Podia sofrer nessa batalha ganha pelo desejo, podia ceder, podia esquecer-me de mim e aceitar-me em segundo plano. Podia ter esperança que tudo mudasse.
Eu podia fazer tudo o que sugeriste, que nada foi, pois nada será. Nem tu próprio sabes o que queres sugerir.
Sim, eu podia.
Mas não quero.

Procura-me quando te encontrares.
Com amor,

Ritawilliams

sexta-feira, 25 de março de 2016

Um lugar vazio

Pois é... Não me lembro da última vez que senti inspiração ou sequer vontade de recomeçar a escrever. Mas este momento merece ser capturado. E se não tive uma chance de o fazer verbalmente ou através de uma fotografia, fá-lo-ei então através da minha escrita.
O momento em que tivemos de dizer Adeus. Acho que no fundo, ambos sabíamos que mais tarde ou mais cedo isso teria de acontecer!
A nossa amizade parecia forte e inquebrável, um castelo de pedras à moda antiga, com um lago de tubarões circundante, à espera de assustar quem ousasse bater à porta! No entanto era, na verdade, uma frágil parede de flores que nos envolvia. Quem esteve de fora pôde colher as flores uma a uma, e ir destapando o que elas protegiam...Quem esteve de fora quis fazê-lo e conseguiu chegar à última pétala que segurava o castelo, antes de este desabar. Houve quem o fizesse por mera curiosidade, outros em forma de teste, mas acima de tudo por inveja e ciúme.
Outrora eu saberia que tudo era inocente não fossem as circunstâncias desfavorecerem-nos e por isso tentámos esconder a nossa verdade, sem maldade, sem segundas intenções. Mas aos olhos alheios sempre há malícia, que viram espinhos das nossas papoilas.
Por agora teve de ser assim, tivémos de seguir caminhos diferentes para não fazer mais estragos nas nossas raízes. Mas não importa! Pois não amigo? É preciso um pouco de chuva para que estas voltem a dar flor e com o tempo traremos de volta o nosso peculiar castelo, quiçá maior, e com espinhos de verdade para manter as mãos da ira afastadas.
Não somos vítimas, somos sempre vencedores. Aprendemos e um dia voltaremos a reencontrar-nos onde tenho esperança que ambos nos encontraremos em sítios melhores, onde os meus e os teus conselhos tenham culminado na riqueza do nosso espírito.
Fez frio neste inverno e este lugar vazio, neste jardim, não é um Adeus... É um até já, pois sempre virá a primavera.

Com amor,
Ritawilliams

domingo, 15 de julho de 2012

WayUpHigh


Finalmente consegui por os meus pés nas nuvens, ainda mais alto. Surpreendidos? Pensavam que talvez fosse querer ter os pés assentes na Terra? Pois foi exatamente esse pensamento que me levou a escrever hoje. Foi sempre a falha do ser humano achar que viver nas nuvens é mau. Comigo sempre resultou. E onde isso me levou? Bem, é simples, levou-me a seguir o meu próprio caminho. Na Terra somos influenciados, viver com os pés sempre na Terra torna-nos uma parte da sociedade, torna-nos dependentes dos grupos para sentirmos que fazemos parte de algo neste mundo. Torna-nos iguais. Todos iguais. E qual é o objectivo de termos aparências diferentes se as personalidades coincidirem?

Eu encontrei muitos obstáculos no caminho. Mas qual é a piada de me tornar um Ser independente e original se o caminho for fácil? Tive de desistir de "amigos" pois nunca me consegui sentir parte de um todo. Comecei a perder princípios, a perder-me a mim mesma, a minha identidade. Já cheguei a sentir-me muito sozinha, mas posso garantir que é gratificante quando à noite me deito que tenho a minha consciência limpa, o meu espírito individualizado e a minha única e verdadeira personalidade. Quando tiramos uma máscara, sabe sempre bem respirar, certo?
Sempre tentaram dizer-me o que ser ou o que fazer. Criticaram-me e gozaram pelo que sou. Não respeitaram o que sempre fui. Mas é assim que funciona. Eu viverei nas nuvens e alguém sempre tentará fazer-me cair delas, porque na verdade todos queriam estar lá como eu. Mas é um grande desafio sermos capazes de voar, deixando tudo aquilo que nos prende à Terra, para trás. Eu ultrapassei esse desafio, finalmente. Agora sinto-me livre. Quem ficou para trás nesta jornada foi apenas quem não soube respeitar-me. Viver nas nuvens não significa ser ingénuo ou distraído. Significa acreditar nos sonhos, viver neles. Lutar para que todos os problemas só existam se acreditarmos neles. É seguir um caminho que mais ninguém partilha connosco, mas os nossos grandes amigos fá-lo-ão ao nosso lado.
E quem pensar que é necessário viver com os pés na Terra...nunca voou.

Ritawilliams

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

love letter

I see you. Everywhere. Me and you, side by side below the sky darkness. I can’t avoid. I see your Smile lighting up this whole place. Indeed you are the light I see through. The light which makes this superficial world we live, truly matters.
When you show up suddenly is no longer gravity who grabs me to Earth. You are.
Nothing makes more sense than the way you smile. The way your eyes look right to mine. It burns my breath. It's like an infinite sensation of distress fed by your presence. And my heart dances to your melody.
Throughout all love letters, love words, expressing this turns everyday more complicated. Because to me I feel for you something no one wrote about yet. Although the words to describe it are the same.
Its something similar to the sunset and the moonlight together. When you forget if you're awake or dreaming. Gathering all the stars in one and only person, that would be you.
I lost the rhythm of my own heart beating because part of it now rests with yours.
I wish I could have one chance to tell you, but what hurts the most is having so much to say, being so close but lose every courage taken by fear.
After all the things in life that I could feel, now I found out there is nothing but home.
Home is you.
You are now the main stream thought of my mind.
Thank you is the only thing I can say.
Thank you for being you.
To me.

Love, Ritawilliams

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A última dança

A música acabou. O valseado a que os teus pés dançavam terminou na euforia do desagrado. Confuso e inconscientemente procuraste uma nova Ária, na incúria da tua mágoa de encontro a mim. E na última canção eu dei-te a minha mão, juntos numa dança de lábios em torno do calor frio que nos aqueceu. A sensação de experimentação quando apenas um beijo se tornou na emoção que atravessou a linha ténue do encontro entre a razão e a força.
Deste por ti exausto e eu sei porque o vi, estavas na escuridão onde não pudeste nem poderás ver, apagaram-se em ti os sentidos que te faziam perceber.
Para mim é difícil e intermitente de compreensão, ver sacrificar a razão pela troca de um clímax sentimentalmente encenando felicidade que foi fruto do furto e engano do coração. Presumo talvez que a culpa seja dos seus olhos profundamente cativantes que te tiraram a energia usando magia tão suja quanto as suas mãos.
É então exorbitante para mim, a questão: afinal dancei sozinha toda a canção.
Fui por um tempo as notas certas que interromperam toda uma composição de sons mal comparados a uma orquestra, sem maestro.

Então adeus.

Com amor,
Ritawilliams

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Miséria dos Corações

Após muito tempo sem a inspiração que eu procurava, acabei por encontrá-la no limbo das emoções, um sítio sem esperança.
De facto nunca me ocorreu escrever sobre algo que sempre quebra um pouco mais o ritmo do meu batimento cardíaco.
Hoje o meu dia foi mais negro que o habitual causado pelos dias de chuva. Escolhi o dia para ser atacada com as mais diversas expressões de escuridão nas faces dos cidadãos, a miséria que mostram na alma, a pobreza que enriquece os seus corações. Não é que não culpe os tostões que fogem dos bolsos, maioritariamente é essa a causa do desespero. Mas...?!
Mulheres doentes e fracas acusadas de roubo discreto, amigos que sofrem pelo passado que os atormentou que encontram o abrigo nas substâncias ilicitas para revirar o sentido de felicidade nos seus cérebros em construção. Eu vi. E mais que as aparentes queixas e acusações, eu vi a mágoa escorrer nos seus olhos. Vi a inocência com que praticavam o mal no silêncioso lado oculto do medo. E destrói-me por dentro. Saber que a única solução que existe para eles seja essa. A que ponto será fraco o seu espírito? A que ponto o desespero e a necessidade os faz apreguar a atitudes não registadas?
No meio disto tudo o que me magoa mais é olhar à minha volta e ver as pessoas apontar o dedo em vez de ajudar. Ninguém ajudou a velha impedida de defesa porém convicta de inocência, ninguém ficou do lado do rapaz que se desorientou no caminho que escolheu. No entanto eu estava lá. E ajudei o que consegui apesar de angustidada pela sensação de mãos amarradas que me dificulta cada vez mais a viagem pelo bem e nada posso fazer, ou tudo. Contudo, apesar da pena que me escorreu pelos olhos, apesar da diversidade de sentimentos que me revoltam o espírito eu sei que posso fazer a diferença. Tornar, quem sabe, um pouco mais rica a miséria dos seus corações. Quiçá fazer do sol a esperança, medindo com precisão a distância a que ficará, sejam quais forem as perspetivas.


Ritawilliams

sábado, 10 de dezembro de 2011

Repetição

Não existe uma regra para existir. Pelo menos que eu saiba. A existência pode ser nula.
A existência pode ser preenchida com todos os compassos que as nossas atitudes tomam, refletindo aquilo que somos, aquilo que vivemos. E de certo que o destino pode mudar a tinta mas quem tem a caneta nas mãos somos nós. Por vezes dizemos coisas apenas para existir no momento, para que o tempo que nos acorda não adormeça. Mas guiar as palavras é algo que ainda ninguém saberá domar enquanto os sentimentos e a emoção, esses, nos domarem. E a necessidade de sentir que somos felizes esgota-nos a capacidade racional de compreender que uma existência depende de ser-mos firmes e garantir que a personalidade jamais desaparecerá, ainda que esta, quiçá, seja má. Pois existir para ser um espelho de outras almas e corpos, deixa de chamar-se existência, mesmo que pouco coerente ou quase nula, esta deverá ser genuína. Existir é ter uma marcação na vida destinada para amar, uma marca em que os corações são unidos e aquecidos pelo sangue que corre nas veias do mundo. É sentir que temos poder de ecolha, temos a verocidade de um furacão no pensamento e na voz, o verdadeiro fogo interior que nos leva à descoberta das coisas mais fantásticas e inimagináveis que podem ter uma existência tanto ou mais precisa que a nossa. Os mistérios do lado oculto, os sentidos apurados para a reivindicação da liberdade de viver sob uma identidade nossa, tão única, tão particularmente única...
Declaro com o meu coração sobre esta mesa de juízo imparcial, sobre os créditos adquiridos pelas almas de quem lê, que preferia nem existir, a existir mascarada da existência de outrem, para o resto da minha existência.

Ritawilliams

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nostalgia

Momentos podem ser frações de segundo, apenas. Mas um momento pode ser precioso mesmo que curto, o seja. Memórias podem ser o conjunto de momentos gravados num coração.
Memórias de momentos em que éramos almas jovens que espelhavam a inocência que feliz nos fazia viver. Memórias de momentos passados e sempre relembrados pelas rugas dos olhos daqueles que, quiçá, ainda chorem de saudade.
Talvez o nosso mal seja relembrar, dos tempos em que os pequenos detalhes, simples, as coisas pouco relevantes e o presente eram as únicas coisas que realmente importavam. Recordar os tempos em que sorrir era reflexo de um sentimento e não uma máscara para ocultar sofrimento.
E também dos tempos em que verão era o sol que iluminava a pradaria. A relva era gasta, já sem cor viva, dos pés que em função de correrias e brincadeiras, todo o dia a pisavam.
Dias quentes no corpo e na alma.
Mas um momento é único. É uma fotografia que fica perdida no tempo e algures na saudade. Uma nostalgia em tons de harmonia que quebra o silêncio através de lágrimas que tornam a mágoa evidente.
O sábio Tempo ensinou-me, então, que o presente será sempre uma memória de momentos no futuro. E porventura eu terei tantas saudades dessas recordações como tenho agora das outras.
Mas eu já não sou inocente e os verdadeiros sorrisos perderam-se na idade em que as palavras eram canções da alma. E agora eu sei que as memórias que relembrarei serão apenas aquelas que se eu pudesse voltar atrás, a única coisa que eu fazia era revivê-las, por certo não mudaria nem um segundo que fez delas...

...eternas!

ritawilliams

terça-feira, 22 de novembro de 2011

By the wind of chance

O meu jantar, esta noite foi “futuro”.
O que quero ser ou fazer foi a pergunta que impus a mim própria, e discuti com o meu irmão relativamente a isso.
Eu penso que sofro do mal de gostar de tudo e não escolher nada. Eu hoje dei um novo rumo à minha vida. Eu hoje apercebi-me que posso chorar, fugir e dizer que não sei, mas não será isso que formulará a resposta à minha pergunta.
Sou uma composição de sonhos e aspirações mas, na verdade, eu sou feita apenas disso mesmo. Nada mais. De nada me servem os sonhos se a sociedade me influenciar a ser uma seguidora cega. De nada me servem, pois, se à primeira derrota eu desistir.
Afinal interrogo-me porque motivo eu sou possuidora de um cérebro, se não o uso para nada mais do que estudar aquilo que outrora me ensinaram e eu nem questiono, apenas sigo.
Eu sou capaz de usar a minha própria mente para descobrir, formular, questionar e decidir.
Eu sou um ser que nada saberá na vida se não aquilo em que acreditar, lutar e descobrir pelas rugas das próprias mãos. E a minha vida ensinou-me que, afinal, os sonhos e aspirações, estes, tornam-se um dia uma realidade se acreditar-mos nela e se, acima de tudo, não importa quem vais negar, rebaixar ou tentar impedir-me, eu saiba que sou dona de um cérebro que, sozinho ainda tem capacidade de analisar por si mesmo tudo o que envolve uma decisão e o porquê de tomá-la. Contudo, ainda me senti tentada a desistir porque as influências são inúmeras. De outras mentes que me tentaram impingir uma ideia que lhes foi imposta sem qualquer questão.
Foi criada uma sociedade e uma pressão constante. Foram criadas regras e esteriótipos que me mandam seguir. Fui tentada a ser uma derrota quando eu posso ser uma vitória!
Pois eu não devo nem vou aceitar isso.
Há um mundo lá fora que tenciono exoplorar e viver e uma quantidade ínfinita de chances e aventuras que eu posso ainda não saber que as quero mas que vou descobrir! Quero enfrentar o medo sem me sentir assustada. E até pode ser pelos ventos do acaso e pelos erros que farei, posso cair e ter de me levantar, mas tornar-me-ei, de certeza(...) a pessoa que eu própria criei!


ritawilliams

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Talvez longe da vista, estivesse longe do coração

"Não consigo tirar-te da minha cabeça.
Esforço-me por conseguir controlar a minha vontade de chorar.
Eu não gosto de chorar. Sinto-me ridícula quando choro. Sinto-me fraca.
Mas mantenho sempre a esperança .
Porque eu sei que nesta escuridão, a única luz que brilha é a que existe dentro de mim.
E só eu tenho o poder de pôr as mãos nas minhas escolhas para, então, mudar o meu futuro, a minha visão...
O meu destino.
Sou digna, e muitas vezes dominada pelos orgulhos e preconceitos que fazem parte de mim.
Sou escrita de todas as palavras da terra e feita de todos os sonhos.
E o meu cérebro, que controla o meu coração, que controla a minha voz... ainda é cego por cair constantemente no mesmo buraco.
Por me fazer estar sempre prestes a cair e nunca me fazer levantar.
Talvez eu seja louca por acreditar nisso.
Talvez eu seja uma sonhadora por acreditar que um dia tu mudarás.
Talvez eu esteja apenas aprisionada à ideia de te ter apenas porque não te tenho.
E talvez, mas só talvez...
Eu continue a bater com a cabeça nas paredes com tanta força que a dor será maior que a tenho no coração.
E talvez assim eu esqueça..."

ritawilliams

Intriga

Questiono-me da minha integridade. O papel que desempenho na sociedade e aquilo que sou capaz. Questiono a minha coragem, a minha bondade e a minha sensatez. Questiono o certo e o errado das minhas atitudes porque só essas posso mudar. Questiono a amizade, o amor e conceitos básicos de honestidade. Questiono a sociedade que me rodeia e a melodia a que dançam uns e outros. Nem sempre tenho sucesso nas minhas escolhas mas luto para que estas possam mudar aquilo que é hipoteticamente certo aos olhos desta orquestra cheia de (supostamente grandes e bons) músicos que se sentam nas cadeiras da sala de espetáculos, mas nunca começam a tocar as notas certas. Na verdade aprendi com os compassos que eu própria criei que mau não é errar. Mau é errar conscientemente. É insitir em soprar numa guitarra, sabendo que esta será sempre um instrumento de cordas e não de sopro. O que pretendo não é que percamos a esperança. Pelo contrário: lutar por ela. Se realmente quisessemos soprar numa guitarra para criar música, então deveríamos lutar para criar um instrumento completamente novo que nos proporcionasse o melhor dos dois mundos. Por isso mesmo questiono a imaginação chegando a conclusões intrigantes, pois não consigo acreditar que marionetas tenham imaginação. Questiono porque se riem quando ouvem sonhos que por mais bizarros que sejam alguém teve a coragem de os ditar, pois quem se ri eu temo que não os tenha, não os sonhe, não lute por eles, nunca os alcance. Mentes seguidoras de uma voz que não ouvem mas acham que lá está, essas eu não entendo porque a única voz que deveríamos seguir era a nossa. O que eu quero dizer é que a minha alma extremamente abrangente questiona o mundo em que vive tendo, pois, a certeza que nasceu no sítio errado. Mas a esperança para mudar nunca morre. Assim o desejo. Por isso vou lutar para que não seja a única a dançar, ao som da minha própria melodia.

ritawilliams

Buraco Negro

Fui avisada. O palavreado alheio de amigos e conhecidos foi quase claro. Acenei com a cabeça que o faria, afirmei saber o que fazia. “Não te envolvas demais Rita”, diziam, “não é para ti”. Eu envolvi-me demais muito antes disso. Eu envolvi-me demais no primeiro beijo que me deste. No primeiro olhar que me fizeste. Mas sempre que me afasto de ti, tu não me segues. E sempre que procuro por ti tu não queres saber. Mas isso não me dói, isso desilude-me. E, caramba, mesmo tendo mil e uma razões para te deixar eu lutarei sempre por aquela única razão para ficar. Foi inútil pensar que deixarias tudo o resto, que me encontrasses debaixo da chuva torrencial e me beijarias na calçada, levando toda a dor. Tudo o que vi em ti foi a máscara que eu própria criei. E construí algo que não existia, porque queria acreditar em ti, queria acreditar que seria capaz de tornar-te melhor. E melhor para mim. Não resultou. E os resultados são um tanto ingratos, pois podes dizer que todos te abandonaram quando precisaste, menos eu. E quis sempre o melhor para ti. Deste-me motivos para sentir a tua falta quando não estavas presente. E eu fascinei-me pelas faíscas que saíam do teu sorriso, como um espetáculo de fogo-de-artifício. Cativante e emocionante. O meu coração bate por ti. Acreditei que o sentimento era recíproco sem saber se era. Se nunca foi. Nunca será. Mais uma vez caí no buraco sem fundo, onde sem querer entrei e não consigo mais sair. O buraco que me leva a outra dimensão ainda desconhecida do meu interior. Eu criei um sentimento de todos os sentimentos que vivi do teu lado. Metade do meu coração agora é cinza, e não por causa dos cigarros que nunca fumei e te pedi para também não o fazeres. Cinza porque a luz se apagou nele. Ainda bate, apenas um pouco mais fraco que o habitual, e os compassos, os batimentos agora são ecoados na constante escuridão que se instalou perante eles. E por isso eu não quero falar sobre isso, apenas dizer-te adeus hoje, e quem sabe Olá, amanhã...
ritawilliams

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A porta está aberta

Estou aqui, estou sozinha, estou a sentir-me vazia. Não existe nada no teu lugar porque a tua memória é alimentada pela esperança que luto para manter de pé. É como um copo sem fundo que tento consertar, as bases nunca estão cá para te suportar, para te lembrar de quem és, de quem foste. Aqueles que outrora te protegeram, eu sei que sentes que se foram. Mas eu estou aqui. E tento segurar-te. É dificil, cada vez mais olhar-te nos olhos. Sentir-te a ir embora e a força que faço para impedir a emoção de escorrer dos meus olhos é sobrenatural. Eu tenho saudades tuas! Sempre que me lembro de quem tu eras, do que passaste comigo, de quando eras apenas um alguém inocente que me fazia rir, que me acompanhava e lutava do meu lado. Eu nunca me vou esquecer. Eu não vou perder a esperança porque isso para mim é desisitr. E eu gosto demais de ti para te ver sofrer. Mas a cama que deixaste para trás permanece vazia, sob uns lençois ainda lavados. Eu quero que tu voltes, porque não consigo sorrir mais se não te sentir seguro. E tu és a minha carta sem palavras: Estás aqui, mas não te consigo ler. O que sentes? O que precisas? Porque seguiste o caminho errado e sem luz quando sempre te pedi para me seguires, iluminando-te o rumo? Sei que habitas o vazio que habita em ti, sei que estás confuso mesmo que não queiras admitir, sei que queres seguir o caminho certo mas a vontade fez-te xeque-mate. Sei que lutas para encarar a vida mas a realidade é assustadora e criaste a ilusão de liberdade. E a vida enrolou-te numa teia de verdades que tiveste de encarar sozinho. Destrói-me que te tenhas perdido dentro do teu próprio coração quando nele foi feito um labirinto para chegar à felicidade. E a vida nunca te facilitou a caminhada que trabalhaste para vencer. Sinto-me incapaz e sei que nada mais posso fazer porque as escolhas, ninguém as pode fazer por ti e tu tens de encontrar o teu caminho. Mas quero que saibas que a nossa porta estará sempre aberta e o teu lugar jamais será preenchido... ...se não por ti.

ritawilliams

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bilhete de entidade

Há cerca de um ano atrás impus uma questão à minha mãe: Inconscientemente sempre me interroguei por que motivo a minha casa tem tantos espelhos! Espelhos nas portas, espelhos nos quartos e uma das casas-de-banho possui uma parede de espelho. É estranho. Nunca tinha parado para pensar correctamente nisso porque na verdade estava numa altura um tanto mais complicada da minha vida. Parece que as minhas revoltas interiores tomaram conta da minha mente. Eu mudei. E tinha tanto medo de deixar de ser eu, que me esqueci que isso nunca ia acontecer apenas porque estava mais alta ou mais gorda. Eu ainda tratava todos da mesma forma, uma vez cruzando-me com os outros na rua. Mas eu deixei de ser tratada da mesma forma. Comecei por pensar que o problema era eu mesma, tinha feito os meus amigos afastarem-se e tinha de mudar. Chorei. Mais tarde, repensei no assunto e acreditei que os outros tinham mudado em relação a mim e eu continuava a ser o problema, mas desta vez julguei que a origem do problema estivesse no presa no facto de eu ter mudado e não o contrário. A revolta aumentou porque fiquei confusa ao aperceber-me que já não sabia quem eu era. Olhar-me ao espelho fazia-me perceber que me estava a tornar numa seguidora cega. Uma seguidora da multidão. Estava a fugir aos meus próprios princípios, quando eu própria defendi que gostava de ser diferente e a realidade era para quem não gostava de sonhar. Comecei a sofrer desilusões porque vi todos os meus grandes amigos começarem a mudar e a deixar-me para trás. Eu não queria seguir o esteriótipo, não queria ter de fazer coisas que não achava certas só para me identificar, preferia acabar sozinha a ter de acabar como mais um ponto transparente na sociedade. Foi então que me apercebi: Se eu seguisse a multidão podia perder-me nela. E eu sempre soube quem era. Acabei por entender que o fundo da questão estava em acreditar em mim mesma e nunca desistir de quem eu era e ter sempre orgulho nisso. Talvez para os outros fizesse sentido mudar e achar que ser maduro é agir como se fossemos uns idiotas. Eu acho que ficar mais alto, mais responsável, encarar melhor o futuro e definir objectivos, isso sim faz parte da vida, chama-se crescer. Eu quero crescer, mas não quero mudar.
Cheguei a contar a resposta da minha mãe à pergunta? «A casa tem muitos espelhos para que possas olhar para ti muitas vezes e nunca te esqueceres quem realmente és.»
Mas eu acho que vocês chegaram lá.

Love, ritawilliams

sábado, 16 de abril de 2011

Felicidade

É impossível não reparar, sinto-me arrepiada ao falar, é semelhante ao toque de uma pétala aveludada no topo das partes mais sensíveis da nossa pele.
O arrepio que me embala em sorrisos quando penso em ti ou na possibilidade de te ver, tocar ou ouvir.
Outrora fico triste e lavada em pequenas quantidades de água que, não sei porquê, caem dos meus olhos, quando te vejo ir embora, quando me deixas presa no meio de inigmas perante a minha felicidade. Fazer ou não fazer o que faço, lutar ou não lutar, ficar ou tentar acompanhar-te; é sempre em função da minha felicidade que faço as minhas escolhas. Mas deixou à muito tempo de ser uma tarefa fácil, tomar decisões. O que eu quero fazer já não é o mais certo, já não é o que me causa mais felicidade. Mas não faz sentido pois não? Se fazemos o que queremos é de concluir que fiquemos felizes. Mas essa é uma teoria cheia de falhas se fazer o que quero me conduz às decisões erradas, me conduz a fazer asneiras, se me faz ser persistentemente parva e cega...
Deixa de ser assim tão fácil, afinal, caminhar em direcção à felicidade. Porque obtê-la pode depender de abdicar de fazer-mos o que queremos e fazer-mos o que poderá ser a melhor coisa a fazer. Fala-se de atitudes, respeito, amor, dinheiro... Fala-se de tudo sem nunca perceber porque motivo conseguir ser feliz às vezes é tão complicado... Talvez porque procuramos sempre a busca a uma felicidade que não vale a pena ou não coseguimos ter. Mas se tentássemos, em vez disso, abrir os olhos para ver a felicidade que já temos, dando valor às pequenas coisas realmente importantes.
Mas claro... fazer isso possivelmente implicaria por de parte a ambição e os sonhos.
E quem sou eu, senão a maior sonhadora que este mundo já viu?
Parece-me contraditório tudo o que digo, quando na verdade eu desenvolvo as minhas teorias e de algum lado eu tenho de conseguir a inspiração.
Essa inspiração vem de ti. És um paradoxo incondicional. Fazes-me querer procurar-te todos os segundos que eu respiro, mesmo sabendo que isso é errado, por não mereceres. Isso não me faz feliz, mas não consigo não o fazer, mesmo quando me espezinhas e me humilhas dentro dos meus orgulhos. Em defesa eu procuro sempre dar valor às coisas realmente importantes e esqueco-me da procura da felicidade. Mas não é possível esquecer-me de ti, e eu sonho todas as noites em conseguir ter-te do meu lado, mudar-te. Porque eu sei que ter-te do meu lado não significa felicidade se me tratares sempre assim.
Então no que fico eu pendente?
Como alcanço a felicidade?

Love, ritawilliams

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"Impossível"

É talvez das únicas palavras que jamais pensei em dizer. Talvez porque seja das únicas palavras que parece uma pedra a embater no meu horizonte, lançada com tanta força que delimita a minha liberdade. Mas é só uma palavra?!
Só uma simples palavra, com apenas dez letras que seduziu os meus sentimentos, quedominou a minha mente.
De repente vejo-me perdida, dizendo ser impossível concretizar os meus sonhos. Mas como ouso eu questionar a minha felicidade?! Estou louca, repito tantas vezes, louca!!! Dou mesmo por mim elouquecendo com estes prós e contras que me governam.
Daí ter-me apercebido ser impossível deixar de te admirar, amar, vencer. E tornaram-se estes três verbos, a causa do meu desespero; eu admiro-te, eu amo-te, e eu não te consigo vencer.
Mas odeio-te por te admirar! Detesto-me por te amar! E orgulho-me por não te vencer.
Pois vercer-te implica não te amar, não te admirar, não sofrer, não chorar...
Afinal porque gosto eu de ti?!
Só me causas dor, só revoltas o meu mundo, governas a minha mente e controlas o meu coração.
Mas é IMPOSSÍVEL não ver, meu amor, que já sou obrigada a querer amar-te para não sofrer, e a sofrer para não te amar.
Então do que me queixo eu?
Eu amo como quero...
Eu sofro como quero!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

the words i never told you..


"You make me feel cold while I'm burning inside, without you i feel thirsty while outside my window is snowing. When you're not around, my world falls apart, just like Earth without sun. Ice, fire; open, closed; happy, sad; you are the only one that can wake up these critical reactions in me. That never happened before. I cannot stand it anymore, this is me, trying to find a way to get you. You changed me, and I guess I would do anything for you.
If I hadn't legs, I would creep 'till the end of the world to see you smile.
If I had to, I would jump for you, I would run for you, until the end of times, until my muscles become addict to the effort I would do for you. Until my brain gets cold as yours, I will fight storms. I cannot promisse to be perfect, but I can promiss you that no one will never feel the way I do because of you. No one will never surprise you the way I can. I want and I need to live by your side, I despair, I would give anything to have you here.

Those are the words i never told you,
because I'm to weak to get the consequences of what i say.
Love is difficult, but it's real."

Remember me,
ritawilliams

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

telling stories


"Look, i gotta tell you something, and it's really hard for me to say, wich is pretty weird on me, but that's why i'm talking or writting, whatever, in english. i mean, i really, really wish things can back to be the way they were. i've never felt the way i did when i was with you on that day. you are such a pretty messy boy, that i can't take off my head. you are special the way you do, and you don't need to pretend. and everytime i think about you, wich is actually a lot of times, i remember how i felt when we used to talk all night long: amazing. i know, you're not the relationship guy for now, and i know i'm the only one feeling this way, between us. Honestly i don't know if you will someday actually fall in love for me, but i do know, that, even secretly, i almost did that for you. I just tryed a lot of times to realize why we stepped away. god i miss you, i know i'm probably not your kinda of girl, even with such a big things we have in common, it's not your choice. I do figured out that, and i understand. I respect you anyway, no matter what you gonna do by now, because i will always, i mean ALWAYS, respect the most awesome person i've ever met. and it's such a big honor be your friend, at least. Hope we can see each other sometime. I just wanted you to know this."

love, ritawilliams

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

to zanarkand

"Consigo lembrar-me agora, quando eras adolescente gostavas de me chatear. És o meu irmão mais velho e agora que eu sou adolescente, tu não me chateias, e eu não te chateio. Pelo menos não como seria normal.
Tu apoias-me, tu mudas-me e eu aprendi as grandes liçoes da vida, graças a ti. Sei que os anos passaram e continuarão a passar, o que tornará impossível a hipótese de tudo voltar atrás. Mas na minha memória serás sempre o rapaz que venerava Final Fantasy, o que te tornava tão especial, porque eu encaro-te como uma personagem tão surreal como a de um jogo, e tu és especial, de todas as formas e eu tenho tanto orgulho em ti!
Sempre te imaginei como um guerreiro de espada às costas, como um justiceiro da humanidade e o defensor da luz. Sempre te imaginei a envelhecer como um sábio de conhecimento puro e genuíno. E não existe no mundo irmãos como nós, porque não vou nunca esquecer qualquer abraço teu, qualquer palavra que me encorajou, tal como o Gandalf, lembras-te?
Tal como as nossas canções aleatórias que só faziam rir, e as ceias a ver "Escaflone".
Tens 7 anos de diferença de mim, e isso para mim não me impede de nada, e tu sempre foste o maior! Dormi contigo até ao 5º ano porque ao teu lado era o único lugar onde me sentia segura.
Eu admiro-te em todas as línguas, e sei, que darias um excelente mago, guerreiro ou sábio, porque tu és brilhante em tudo o que reflectes.
Mas tu encontraste o teu caminho, e nele a mulher mais fantástica que podia existir, a tua Arya, a tua fada. Nasceste para ele e percorreste todo o teu caminho, combates-te todos aqueles obstáculos para chegares a ela, porque tu agora tens o direito de começar um novo caminho, de ser feliz, num novo reinado.
Sei que isso implica afastares-te por uns tempos de mim, e provavelmente muita coisa nunca mais voltará a ser igual. Espero que me perdoes por ser egoísta, porque fazer-me-ás muita falta, porque ainda precisarei da tua ajuda diária na matemática e nos meus problemas sentimentais. Mas tenho de deixar-te ir em luta à tua felicidade sem que isso faça erro em mim. Novas coisas ainda descobrirei do teu lado.
És o meu melhor amigo, e o meu irmão, e a única estrela que eu sempre seguirei. Isso nunca vai mudar, não te esqueças disso!"
Adoro-te, Haryeen.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

agora sim, amo-te


"sonhei tantas noites que seriamos só nós ao luar, apenas o mar acompanharia a nossa viagem. pedi tantas vezes a Deus que te mantivesse para sempre do meu lado. Demorei muito tempo a perceber que te amava, demorei muito tempo a perceber que tinha percebido isso. muitas vezes sou dominada pela indecisão dos prós e contras que fazem parte de ti. muitas vezes essa indecisão domina as minhas escolhas. Acho que estive a um passo de me perder no horizonte, contigo. Deixei o sol dominar o meu espírito e o mar agarrou as minhas esperanças. Cheguei a perder-me nesse teu olhar ainda de uma criança, penso que talvez, mas só talvez... o meu coração ainda seja delinquente por se deixar ir nesse teu jeito de amar. Estive sempre prestes a sofrer, mas nunca me quis curar. Ainda sou uma amante dessa tua capacidade nata de meter água. É curioso como tantas coisas podem mudar. Peço-te que feches os olhos, que respires, inspirando e expirando, e persistas em acreditar.. porque agora sim, amo-te."


love, ritawilliams

domingo, 21 de março de 2010

dear diary

"today i was wondering if the moon could shine more, but then i understood that if she shines more, then the night would disappear, and that would be bad, right?!"


love, ritawilliams