domingo, 17 de abril de 2016

Quando insultas a minha inteligência

Não podes... Não deves. Mas também não queres saber.
Como te atreves tu a passar por cima de mim como se eu não passasse de um mero insecto?
Como ousas tu julgar-te insubstituível e intocável ao ponto de me traires as palavras e me roubares a voz? Muito provávelmente vendeste a tua alma antes para o poderes fazer, pois só um corpo vazio e neutro se acha o suficiente para deduzir a insuficiência de alguém.
Demorou mas eu cheguei lá, das outras vezes disse-te Adeus como se tivesse a certeza que valia a pena o esforço de calar. Eu? Jamais ando se puder correr e jamais ficarei calada se puder falar.
Desta vez digo-te Adeus porque me sinto insultada e isso, meu caro, nem as mais belas palavras do mundo, os sonetos mais bem conseguidos e as melodias mais bonitas alguma vez feitas, me iludirão e desviarão das minhas determinadas, embora tardias, decisões.
É este o lado bom de ser alguém com "mau feitio" e "ideias fixas", como dizem.
Embora enquanto sonhadora me tenha embalado nas palavras decentes e nas harmonias das coincidências e do destino, Lucifer também era o anjo da música e agora diz-se poder usá-la para dissuadir o bem alheio. Talvez me tenhas tentado conquistar com melodias doces, mas alguém me ensinou que existe um conflito maior acima de tudo e não sabendo de que lado estás, preferi não arriscar.
Não voltes, não valerá a pena,
Então Adeus.

Com amor,

RitaWilliams

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