sábado, 16 de abril de 2011

Felicidade

É impossível não reparar, sinto-me arrepiada ao falar, é semelhante ao toque de uma pétala aveludada no topo das partes mais sensíveis da nossa pele.
O arrepio que me embala em sorrisos quando penso em ti ou na possibilidade de te ver, tocar ou ouvir.
Outrora fico triste e lavada em pequenas quantidades de água que, não sei porquê, caem dos meus olhos, quando te vejo ir embora, quando me deixas presa no meio de inigmas perante a minha felicidade. Fazer ou não fazer o que faço, lutar ou não lutar, ficar ou tentar acompanhar-te; é sempre em função da minha felicidade que faço as minhas escolhas. Mas deixou à muito tempo de ser uma tarefa fácil, tomar decisões. O que eu quero fazer já não é o mais certo, já não é o que me causa mais felicidade. Mas não faz sentido pois não? Se fazemos o que queremos é de concluir que fiquemos felizes. Mas essa é uma teoria cheia de falhas se fazer o que quero me conduz às decisões erradas, me conduz a fazer asneiras, se me faz ser persistentemente parva e cega...
Deixa de ser assim tão fácil, afinal, caminhar em direcção à felicidade. Porque obtê-la pode depender de abdicar de fazer-mos o que queremos e fazer-mos o que poderá ser a melhor coisa a fazer. Fala-se de atitudes, respeito, amor, dinheiro... Fala-se de tudo sem nunca perceber porque motivo conseguir ser feliz às vezes é tão complicado... Talvez porque procuramos sempre a busca a uma felicidade que não vale a pena ou não coseguimos ter. Mas se tentássemos, em vez disso, abrir os olhos para ver a felicidade que já temos, dando valor às pequenas coisas realmente importantes.
Mas claro... fazer isso possivelmente implicaria por de parte a ambição e os sonhos.
E quem sou eu, senão a maior sonhadora que este mundo já viu?
Parece-me contraditório tudo o que digo, quando na verdade eu desenvolvo as minhas teorias e de algum lado eu tenho de conseguir a inspiração.
Essa inspiração vem de ti. És um paradoxo incondicional. Fazes-me querer procurar-te todos os segundos que eu respiro, mesmo sabendo que isso é errado, por não mereceres. Isso não me faz feliz, mas não consigo não o fazer, mesmo quando me espezinhas e me humilhas dentro dos meus orgulhos. Em defesa eu procuro sempre dar valor às coisas realmente importantes e esqueco-me da procura da felicidade. Mas não é possível esquecer-me de ti, e eu sonho todas as noites em conseguir ter-te do meu lado, mudar-te. Porque eu sei que ter-te do meu lado não significa felicidade se me tratares sempre assim.
Então no que fico eu pendente?
Como alcanço a felicidade?

Love, ritawilliams

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