sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Intriga

Questiono-me da minha integridade. O papel que desempenho na sociedade e aquilo que sou capaz. Questiono a minha coragem, a minha bondade e a minha sensatez. Questiono o certo e o errado das minhas atitudes porque só essas posso mudar. Questiono a amizade, o amor e conceitos básicos de honestidade. Questiono a sociedade que me rodeia e a melodia a que dançam uns e outros. Nem sempre tenho sucesso nas minhas escolhas mas luto para que estas possam mudar aquilo que é hipoteticamente certo aos olhos desta orquestra cheia de (supostamente grandes e bons) músicos que se sentam nas cadeiras da sala de espetáculos, mas nunca começam a tocar as notas certas. Na verdade aprendi com os compassos que eu própria criei que mau não é errar. Mau é errar conscientemente. É insitir em soprar numa guitarra, sabendo que esta será sempre um instrumento de cordas e não de sopro. O que pretendo não é que percamos a esperança. Pelo contrário: lutar por ela. Se realmente quisessemos soprar numa guitarra para criar música, então deveríamos lutar para criar um instrumento completamente novo que nos proporcionasse o melhor dos dois mundos. Por isso mesmo questiono a imaginação chegando a conclusões intrigantes, pois não consigo acreditar que marionetas tenham imaginação. Questiono porque se riem quando ouvem sonhos que por mais bizarros que sejam alguém teve a coragem de os ditar, pois quem se ri eu temo que não os tenha, não os sonhe, não lute por eles, nunca os alcance. Mentes seguidoras de uma voz que não ouvem mas acham que lá está, essas eu não entendo porque a única voz que deveríamos seguir era a nossa. O que eu quero dizer é que a minha alma extremamente abrangente questiona o mundo em que vive tendo, pois, a certeza que nasceu no sítio errado. Mas a esperança para mudar nunca morre. Assim o desejo. Por isso vou lutar para que não seja a única a dançar, ao som da minha própria melodia.

ritawilliams

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